
Aliados e
integrantes ao governo Dilma Rousseff (PT) entraram na defesa da presidente em
relação as vaias de manifestantes, registradas no Estádio Nacional de Brasília
Mané Garrincha, na abertura da Copa das Confederações, no último sábado
(15).
O deputado
federal e líder do PT na Câmara, José Guimarães, classificou a atitude como “um
jeito moleque do torcedor brasileiro”, o petista ainda acrescentou que “qualquer
político que fosse ao estádio e anunciasse o nome seria recebido da mesma
forma".
Já o deputado e
dirigente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Vicente Cândido (PT-SP),
observou que o "estádio não é ambiente para discurso, [pois] é um público
arredio a político e acostumado a vaiar porque já faz isso com os
times".
Mesmo com
manifestações negativas, a assessoria do Palácio do Planalto confirmou que a
presidente estará na final da Copa das Confederações, no Maracanã, Rio de
Janeiro, em 30 de junho. No entanto, para evitar um novo ataque de apupas,
apoiadores do governo avaliam que Dilma não deveria aceitar eventual convite
para discurso ou até mesmo pedir para não aparecer no telão do Maracanã, no
final do evento.
Em relação aos
outros jogos, a presença de Rousseff foi cancelada. Ela não deverá estar
presente nesta semana nas partidas do Brasil e México em Fortaleza, na
quarta-feira (19), e no jogo entre Brasil e Itália, em Salvador, no sábado (22),
nem nas semifinais. Essa decisão é uma forma de evitar nova exposição negativa
de manifestantes.
Porém, Guimarães
acredita não ser necessária tanta preocupação. "Não devemos perder o sono, foi
algo contra a política em geral, não contra ela", avaliou.