terça-feira, 23 de abril de 2019

Cansados de esperar pela Prefeitura Barroquinha, moradores da Praia nova fazem reparos em estrada.



Sem obter respostas por parte da prefeitura de Barroquinha solicitando reparo na estrada, os moradores da comunidade da praia de Nova decidiram arregaçar as mangas e alugaram um carro para colocar piçarra e os homens manualmente fizeram trabalho de espalhar a piçarra, quem foi sábado de aleluia à praia viu o reparo da estrada feita pelo os moradores para ter acesso à praia.
Parabéns a todos os moradores a aos que contribuírem participaram.

TCE e CGU vão auditar contas do consórcio de saúde de Camocim.


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O Tribunal de Contas do Estado (TCE) vai auditar o consórcio regional de saúde de Camocim, formado também pelos municípios de Barroquinha, Chaval, Granja e Martinópole. A ação, que se estende aos últimos cinco anos, atende a requerimento aprovado pela Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE) há duas semanas.

De acordo com a Corte, apenas em 2017, esse consórcio contou com orçamento de R$ 21 milhões, o maior entre as 21 entidades atuantes hoje no Ceará.

Naquele ano, como O POVO mostrou em reportagem no dia 14 deste mês, o TCE identificou irregularidades em todas as prestações de contas das autarquias de saúde, que administram policlínicas e Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs).

Além de Camocim, movimentaram grandes somas de dinheiro em 2017 os consórcios de Tauá (R$ 16,8 milhões), Vale do Curu (R$ 13,8 milhões) e Limoeiro do Norte (R$ 11,7 milhões). O orçamento total dos grupos foi de R$ 225,7 milhões. Ao todo, o Governo do Estado, parceiro nos consórcios, repassou R$ 281,7 milhões nos últimos três anos para as 21 entidades.

A fatia mais expressiva de recursos foi encaminhada em 2016, ano eleitoral: R$ 98.562.162,43. Nos seguintes, os valores chegaram a R$ 91.338.926,76 (em 2017) e R$ 91.869.237,72 (em 2018).

Líder no volume de verba, o consórcio de Camocim é alvo de disputa política entre os deputados estaduais Sérgio Aguiar (PDT), autor do pedido de investigação, e Romeu Aldigueri, também do PDT. Ambos integram a base do governador Camilo Santana (PT).

Hoje, o comando do consórcio está a cargo da Prefeitura de Granja, sob a gestão de Amanda Aldigueri (sobrinha de Romeu), que venceu a eleição para presidir a autarquia depois da adoção de critérios técnicos pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) - o parâmetro agora é o índice de mortalidade infantil e materna.

Secretário de Controle Externo do TCE, Raimir Holanda afirmou que uma comissão de até três auditores fiscais irá cuidar dos trabalhos de fiscalização, que terão auxílio de profissionais da Controladoria-Geral da União (CGU) no Estado.

"Estamos montando uma comissão para atender essa solicitação da AL, que é nossa prioridade", disse. Holanda acrescenta que o prazo de finalização da apuração será definido posteriormente e que, por enquanto, o foco é apenas Camocim.

Sobre documentação encaminhada ao tribunal pela Sesa, com objetivo de subsidiar as investigações, o titular do Controle Externo explicou que se trata de relatórios de prestações de contas dos consórcios, sem citar quantos ou quais são. "Eventualmente essa fiscalização pode se desdobrar para outros, e aí podemos utilizar (esses relatórios)", respondeu.

Presidente do TCE, o conselheiro Edilberto Pontes se encontrou com o secretário da Saúde, o médico Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, o Dr. Cabeto. A reunião foi na sede do tribunal, durante toda a tarde da quarta-feira, 17, e se concentrou na discussão de métricas de transparência a serem implementadas na Sesa.

"Ele (Cabeto) levou toda a equipe para mostrar que estão investindo na política de integridade e transparência", relata Pontes. "Apresentamos para ele a auditoria que fizemos em 2016, que avaliava hospitais administrados tanto por OSs (organizações sociais) quanto pela administração direta", prossegue. "Depois falamos sobre o Índice de Efetividade da Gestão Municipal (IEGM)."

O conselheiro então afirmou que o IEGM, aplicado em todos os 184 municípios cearenses, pode ser utilizado pela pasta chefiada por Cabeto como um dos critérios para a distribuição de recursos para os consórcios de saúde. "Podemos ajudar com as coisas que estamos fazendo", defendeu. "O secretário ficou empolgado com isso."

Ainda conforme o presidente do TCE, o secretário da Saúde também tratou das denúncias envolvendo os consórcios, ocasião na qual assegurou que as regras para definição de presidente das autarquias, agora, são estritamente técnicas.

O POVO solicitou entrevista com o titular da Sesa na semana passada, mas não foi atendido. O pedido foi feito novamente nesta semana. A reportagem foi informada, no entanto, que o secretário está em viagem para fora do País (China) e que só retornará no fim de semana.