quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Crise na base: PDT e PTB rompem com Governo Dilma


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O mês de agosto está sendo de contratempos e dissabores para a presidente Dilma Rousseff que, nesta quinta-feira (06/08), tomou o café amargo ao analisar os números da pesquisa do Instituto Datafolha  que a colocam com menos popularidade e, também, com a notícia do PTB e PDT em deixaram a base de apoio parlamentar ao Palácio do Planalto.
Os dois partidos entram em uma linha de independência política, embora mantenha os Ministérios do Desenvolvimento Econômico (PTB) e do Trabalho (PDT). Deputados das duas siglas, mesmo como integrantes do grupo aliado, chegaram a votar contra à orientação do Governo Dilma.
O líder do PDT, André Figueiredo, entrou em conflito com o líder do Governo na Câmara Federal, José Nobre Guimarães, e o acusou de atitudes desrespeitosas com os aliados.  “O PDT é o único partido que manifesta previamente a forma como vai votar. E não aceita mais ser chamado de traidor ou infiel. Isso é desrespeitoso com a nossa história’’, disse Figueiredo. Guimarães chegou a dizer, durante o dia dessa quarta-feira, que os aliados infiéis poderiam perder posições (cargos) na administração federal.
Segundo Figueiredo, O PDT decidirá quanto à permanência do Ministro Manoel Dias no Governo.  “Os próximos passos serão dados em comum acordo com a Executiva do partido e com a bancada do Senado. Os senadores devem acompanhar a decisão. O processo tende a evoluir com a entrega dos cargos no governo. Não creio que essa decisão demore. O Ministério é da presidente Dilma, que pode perfeitamente dizer que não deseja que a pasta fique nas mãos do ministro do PDT’’, observou.
O PTB, também, rompeu com o Governo e sigla, embora com cargos na administração federal, terá atuação de independência, segundo o líder da bancada Jovair Arantes (GO). Hoje, o PTB integra um bloco liderado pelo PMDB e integrado por legendas como PP e PSC. Arantes comunicou ao líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), sua disposição de requerer o desligamento do PTB desse bloco. Fez isso “para dar conforto” aos colegas, já que os petebistas decidiram aprovar, por unanimidade, a proposta combatida pelo Planalto.
Arantes afirmou que só se manteve no bloco encabeçado pelo PMDB porque Picciani lhe informou que também encaminhará o voto a favor da proposta tachada de “bomba fiscal” pelo governo. Os líderes do PP e do PSC farão o mesmo. Quer dizer: esboça-se para a noite desta quarta-feira mais uma humilhação da Câmara ao governo Dilma.

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