A polêmica causada nos últimos dias sobre o peixe estragado que estava estocado e sendo usado na Unidade Básica de saúde de Barroquinha levou a secretária de saúde Maria Clemilda Veras e sua equipe à Câmara de vereadores na última sexta-feira para dar explicações e justificativas sobre o caso. Sem ter explicações convincentes, a tática foi desqualificar a matéria veiculada no Blog e chamar a denúncia de irresponsável, demonstrando que acreditam poder brincar com a inteligência alheia, já que basta uma rápida conversa com quem esteve no hospital para confirmar o fato.
Primeiro, é público e notório que o peixe estava estragado, já que imediatamente após a denúncia, a direção do hospital e a secretaria de saúde se apressaram em dar fim ao filé de tilápia que estava armazenado no freezer do hospital e segundo, nenhum paciente ou funcionário conseguiam fazer a ingestão do peixe, fato confirmado pelos próprios técnicos que acompanharam a secretária na Câmara, como é o caso do que relatou a Nutricionista: “pelo relato do pessoal da copa, com o passar do tempo informaram que os pacientes rejeitaram o peixe, dizendo que preferiam ficar sem almoçar e jantar do que comer o filé de tilápia” disse a profissional. O que levaria pacientes e funcionários preferirem ficar sem comer do que ingerir o peixe?
Já a Secretária, para fazer a defesa do mau cheiro do peixe, disse que o mesmo não estava estragado, e deu uma declaração bastante estranha: “Se a gente pegar 1 peixe ou 2 e colocar num lugar, em 2 dias vai ser uma fedentina muito grande”. Como a secretária pode afirmar isso e deixar uma quantidade significativa de filé de tilápia armazenado em um local durante 69 dias? Porque conforme a Nota Fiscal da empresa, o peixe foi entregue e estava dentro do hospital desde o dia 29 de Julho de 2015 e somente retirado após a matéria do Blog no dia 07 de Outubro. Confira a Nota Fiscal nº 39380 com o item filé de tilápia datada do dia 29/07/2015. .Aqui
Se segundo a secretária, colocar peixe durante 2 dias em algum lugar provoca uma fedentina grande, imagine passando 69 dias.
Foi bastante alegado que o mau cheiro foi decorrente da queda de energia que ocasionou um descongelamento e provocou uma quantidade de salmoura embaixo do freezer, situação esta facilmente contestada, já que salmoura se faz a limpeza rapidamente com material higiênico. Conforme o diretor do hospital se teve algum culpado foi a queda de energia.
Enquanto a secretária informava que houve sim uma grande rejeição do peixe e que infelizmente ninguém queria comer e que solicitou da empresa a troca por carne e frango e que a empresa pediu um tempo para fazer a troca, tendo o peixe ficado armazenado no freezer, o diretor do hospital afirmou que por conta da rejeição a empresa foi contactada de manha e por volta de 2 horas da tarde o pessoal chegou para averiguar o peixe, que segundo ele se tivesse estragado não teriam levado.
O Blog apurou que nem o peixe foi trocado e muito menos retirado pela empresa. Após a repercussão da denúncia, uma parte do peixe foi acondicionado em sacos e retirado em uma Hilux por trás, pelos fundos do hospital.
Segundo relatos, mesmo após vários dias, hoje ainda é possível sentir mau cheiro ao abrir o local onde estava armazenado o peixe, mesmo depois de várias limpezas feitas.
O Blog faz um alerta a direção do hospital para que tome cuidados com possíveis quedas de energia por precaução para que a carne moída também não fique estragada.
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