Uma liminar do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, concedeu liberdade ao ex-goleiro Bruno Fernandes. O ex-jogador do Flamengo vinha cumprindo pena na Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac), em Minas Gerais, pelo assassinato de Eliza Samudio, ocorrido em 2010. O alvará de soltura foi emitido na noite desta quinta-feira.
Bruno Fernandes foi condenado pela Justiça de Minas Gerais a 22 anos e três meses de cadeia pela morte e ocultação do cadáver da ex-amante, cujo corpo até hoje não foi encontrado. Ele pagava ainda pelo sequestro do filho da jovem, durante a trama que resultou na condenação de outras cinco pessoas — entre elas, o amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão.
O goleiro cumpria a pena na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, até ser transferido em setembro de 2015 ao centro de ressocialização Apac, em Santa Luzia. Logo que foi condenado, no entanto, Bruno ficou preso na Penitenciária de Segurança Máxima de Francisco Sá, no norte do estado.
A Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, informou em setembro do ano passado que Rodrigo Fernandes das Dores Souza, irmão do goleiro Bruno, foi indiciado pelos crimes de sequestro e tentativa de aborto. Um inquérito policial complementar foi instaurado para prosseguir na investigação e identificar a coautoria dos crimes mencionados, sofridos por Eliza Samúdio.
Em depoimento à polícia do Piauí, onde foi ouvido a pedido da Deam de Jacarepaguá, Rodrigo contou que participou do primeiro sequestro de Eliza Samudio, em outubro de 2009, e também do assassinato e da ocultação do cadáver da ex-amante do jogador, no ano seguinte. Segundo ele, os restos mortais de Eliza estão em Minas Gerais. A Deam ainda investiga o sequestro de 2009. Na ocasião, Eliza procurou a especializada para denunciar Bruno, que a teria ameaçado e obrigado a tomar remédios para abortar o filho que esperava.
Com informações O Globo.
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