Pré-candidato à Presidência da República em 2018, o
ex-ministro Ciro Gomes afirmou neste sábado, 18, que prefere mil vezes o
deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) como presidente do Brasil do que o
atual prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB), a quem chamou de “farsante”. Na
avaliação de Ciro, o gestor tucano tem feito um governo de “factoide”, de “papo
furado”.
“Prefiro mil vezes, discordando de tudo como eu discordo do
Bolsonaro, um cara como ele do que um farsante como o Dória. Se apresentar como
‘não político’ tendo sido chefe da Embratur no governo Sarney e tendo
enriquecido bastante fortemente com dinheiro público dos governos do PSDB. Você
tem obrigação de informar os seus leitores com isso”, afirmou o ex-ministro, em
entrevista após convenção nacional do PDT.
Ciro disse sentir “vergonha” de ter Dória como prefeito de
São Paulo. “A gente, numa eleição majoritária, vale pelo que é e pelo que nega.
Então, se você acha possível fazer um cara como o Dória presidente do Brasil,
vote nele. Agora eu, francamente, tenho vergonha”, disse Ciro, que foi
confirmado candidato à Presidência em convenção do PDT neste sábado.
“Eu, por exemplo, sei o que está sendo feito em Fortaleza em
matéria de escola, de qualificação da gestão da saúde, em matéria de políticas
públicas gerais para a comunidade. E em São Paulo é só factoide, só papo
furado”, disse o pedetista, chamando a imprensa de “descuidada” por não
informar os leitores sobre Dória.
O nome do prefeito de São Paulo passou a ser cogitado para
ser o candidato do PSDB à Presidência em 2018 após pesquisas revelarem boa
avaliação da sua gestão. Além disso, há tese de que, avanço da Operação Lava
Jato sobre outros pré-candidatos tucanos, como o senador Aécio Neves (MG),
Dória seria o nome do partido com mais chances de ser eleito.
Michel Temer
Na entrevista, Ciro também disparou contra o presidente
Michel Temer (PMDB), a quem chamou de “canalha”. “Esse governo está propondo
tudo contra o povo. E eles querem isso aí. Porque? Porque está no meio da Lava
Jato. Esse é um governo de canalhas, isso afirmo categoricamente, chefiado por
um canalha, um governo de canalha, de ladrões, de marginais”.
Para Ciro, o governo Temer não tem legitimidade para tratar
reforma estrutural no País. Na convenção deste sábado, o PDT decidiu fechar questão
contra as reformas da previdência e trabalhista.
Ciro disse ser favorável a sistema eleitoral de lista
fechada e financiamento público de campanha, mas afirmou ser contra mudanças
neste momento, em meio à Lava Jato. (Agência Estado)
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