O juiz federal Sérgio Moro,
responsável pelos processos da Operação Lava Jato em 1ª instância, condenou, na
manhã desta segunda-feira, o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci Filho a
doze anos, dois meses e 20 dias de prisão pelos crimes de corrupção passiva e
lavagem de dinheiro.
A decisão foi proferida em um
processo que envolve a atuação da Odebrecht em contratos com a Petrobras,
favorecida em troca de repasses de propina ao PT. A sentença também condenou o
empresário Marcelo Odebrecht, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari, os
marqueteiros João Santana e Mônica Moura, ex-diretores da Petrobras e
ex-executivos da empreiteira.
Entenda
Na sentença, Moro ressalta que
Palocci não tem antecedentes, uma vez que ainda não foi condenado em outros
processos nos quais é acusado. O juiz ressalta, no entanto, que deve ser
considerado negativamente o fato dos valores desviados terem envolvido
pagamentos de serviços em campanhas eleitorais. “A contaminação com recursos do
crime do processo político democrático é o elemento mais reprovável do esquema
criminoso da Petrobras”, escreveu na sentença o magistrado.
De acordo com as delações do
grupo Odebrecht, que o juiz avalia terem sido corroboradas por provas, o
ex-ministro interferiu nas decisões do governo federal em favor da empresa, em
troca de recursos para as campanhas do PT. Seria ele o “Italiano”, codinome ao
qual são associados repasses de valores nas planilhas encontradas pela Polícia
Federal durante ações na empresa, nas casas e escritórios de executivos. Nas
suas alegações finais, Palocci negou as acusações e pediu a absolvição.
Com informações da veja.com
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