Servidores de pelo menos 22
cidades cearenses informaram à Federação dos Trabalhadores no Serviço Público
Municipal do Estado do Ceará (Fetamce) que estão com os salários de dezembro em
aberto. A situação muda um pouco de município para município, haja vista que em
muitas localidades o problema não atinge todas as categorias em que se divide o
serviço público.
A situação é mais crítica em
Ereré, Lavras da Mangabeira e Umari, onde quase todas ou 100% das secretarias
estão com trabalhadores municipais sem os salários do último mês do ano
passado.
O Sindicato dos Servidores de
Ereré inclusive informou que há uma negociação com a prefeitura para quitar o
salário atrasado em duas parcelas, já tendo sido quitado 50% dos benefícios. Em
Umari, o sindicato de funcionários públicos da cidade recebeu a proposta do
Executivo de pagar o mês de dezembro em quatro parcelas, porém esta não aceita
em assembleia dos servidores. A contraproposta laboral foi receber os
benefícios até o fim de janeiro. Já há uma paralisam agendada, caso nada
aconteça no prazo.
Professores e demais
trabalhadores da educação, assim como servidores da saúde, são alguns dos
grupos, entre efetivos e temporários, mais prejudicados.
Em muitas localidades, as
prefeituras foram denunciadas na Justiça e no Ministério Público Estadual do
Ceará (MPCE). É o caso de Orós, onde o sindicato dos servidores da localidade
protocolou representação judicial. Já em Quixeramobim a denúncia também chegou
ao MPCE.
A maioria das cidades já contou
com paralisações ou outras movimentações. Servidores ameaçam parar
completamente as atividades na maioria dos casos sem indicativo de solução.
Diante da situação, estão em
greve desde o dia 22 de janeiro os profissionais da Secretaria de Educação de
Icó. Terceira greve em pouco mais de um ano. Paralisações também foram
registradas em Bela Cruz.
Segundo a presidenta da
Federação, Enedina Soares, medidas judiciais poderão ser tomadas. Além disso, a
Fetamce se soma à mobilização nos municípios. “Independe da origem do problema,
da redução de recursos federais ou da má gestão, nós temos que cobrar os nossos
direitos. Cabe ao município cumprir com o seu dever e prover os trabalhadores
com os seus salários. Nós cobraremos essa responsabilidade sempre“, relatou
Enedina.
Com informação da A.I
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