Profissionais cubanos que atuavam
no programa Mais Médicos começarão a deixar o Brasil nesta quinta-feira (22). A
informação foi divulgada hoje (21) pela Organização Pan-Americana de Saúde
(Opas), responsável pela intermediação do convênio entre Brasil e Cuba. A
estimativa da organização é que o processo de saída dos mais de 8 mil médicos
contratados no âmbito do convênio dure até o dia 12 de dezembro.
Nos próximos três dias, de quinta
a sábado, cinco voos partirão com destino à capital cubana, Havana. Os
profissionais já começaram a se deslocar dos municípios onde estavam alocados
em direção às cidades de onde sairão só voos para Cuba.
O retorno ocorre por decisão do
governo cubano, que chamou de volta os profissionais por desacordo com
condições impostas pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, para que os médicos
permaneçam no programa, entre elas a realização do exame de revalidação de
diplomas para reconhecimento no país (Revalida) e a não retenção de parte da
remuneração dos médicos, que até então ficava com a administração cubana.
O presidente de Cuba, Miguel
Diaz-Canel, por meio de uma rede social, defendeu os profissionais. Em nota, o
Ministério da Saúde cubano afirmou que as exigências desrespeitam as condições
acordadas no convênio com a Opas.
Dois dias após a decisão, o
presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou que as novas exigências foram
definidas para proteger os médicos de más condições de trabalho, por razões que
classificou como “humanitárias”.
(Com Agência Brasil)
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