quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Aprece realiza seminário de orientação sobre Transporte Escolar

Como forma de passar informações importantes aos municípios cearenses sobre as exigências do Ministério Público no que diz respeito à prestação do serviço de Transporte Escolar, a Aprece realizou, na manhã desta quarta-feira (16), um Seminário de Orientação Técnica com representantes de várias regiões do Estado. O evento, realizado no auditório da Superintendência do Banco do Brasil, em Fortaleza, contou com a participação de prefeitos e prefeitas, além de assessores jurídicos, secretários municipais de Educação, entre outros servidores.
 
Representando a presidente da Aprece, Adriana Pinheiro, o tesoureiro da entidade e prefeito de Palhano, Nilson Freitas, deu as boas vindas aos participantes e fez a abertura do evento. A assessora jurídica da Aprece, Daniela Amaral, deu início à parte técnica, contextualizando os presentes sobre a atuação e as conquistas da Aprece no que diz respeito às contribuições para alterar e melhorar o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) do MP sobre o Transporte Escolar. A ação foi iniciada em encontro que precedeu audiência pública realizada em Juazeiro do Norte com vários municípios da região.
 
A técnica em Educação da Aprece, Ana Melo, fez uma apresentação sobre algumas questões presentes no TAC que são delicadas e podem vir a ser problemáticas para os municípios. Entre os diversos pontos tratados, falou sobre as situações especiais em que são permitidas a subcontratação parcial do serviço, alertando para o perigo de práticas ilícitas nesse sentido. Ela alertou que é vedada a subcontratação integral do serviço contratado pela administração pública, pois viola o caráter competitivo do certame e a isonomia entre os licitantes alem de permitir a execução do serviço contratado por pessoa sem a devida habilitação jurídica e qualificação técnica.
 
Ana Melo repassou algumas orientações da Aprece para os municípios, que foram aconselhados a efetuar licitação por rota e lote e discriminar de forma detalhada no edital da licitação as rotas que podem ser sublocadas em casos excepcionais. Ela também informou que o contrato deve ser preferencialmente proprietário do veículo, podendo ser pessoa física ou jurídica. Um outro alerta importante foi o de que os municípios serão responsáveis solidários com encargos trabalhistas e previdenciários dos prestadores do serviço. “Os gestores devem conferir se os motoristas estão regularizados com carteira de trabalho assinada e a empresa recolhendo os tributos”, frisou.
 
Os municípios devem, ainda, observar a obrigatoriedade da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na categoria D para todos os motoristas, mesmo os que trabalham em carros de categoria automóvel que estiverem sendo usados no transporte escolar. Até a execução do serviço, é preciso que as carteiras de trabalho assinadas sejam apresentadas pelos contratados. Também é necessário que sejam utilizados veículos adequados e em número suficiente para a execução do serviço.
 
Finalizando sua fala, Ana Melo sugeriu, em nome da Aprece, que os gestores elaborem um diagnóstico no município para levantar a disponibilidade de motoristas com carteira de habilitação D, solicitando posteriormente ao Detran a realização, por região, de exames de habilitação nessa categoria


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