Foi publicada nesta quarta-feira, 18 de dezembro, portaria que altera, pela terceira vez, a estimativa do valor mínimo nacional por aluno/ano do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) para 2013. Segundo a publicação, o valor do piso do magistério passará de R$ 1.567,00, em 2013, para R$ 1.697,39 a partir de janeiro de 2014.
A Confederação Nacional
de Municípios (CNM) alerta que esse reajuste, estimado em 8,32%, representará
um aumento de R$ 4,151 bilhões no pagamento do magistério e uma média
do comprometimento das receitas do Fundeb com salários dos professores
de 79,7%. Com isso, a CNM destaca que quase todos os recursos para manter
o ensino nos Municípios estarão sendo gastos com pagamento de professores.
Para o ano de 2013,
o governo federal divulgou outras duas diferentes estimativas do valor
mínimo nacional. A primeira, prevista na Portaria 1.496/2012, foi de
R$ 2.243,71. Em maio, uma nova estimativa foi divulgada, por meio da
Portaria 4/2013, passando para R$ 2.221,73. Esse novo valor estimado
foi decorrente de acréscimos na matrícula, uma vez que a estimativa
da receita total do Fundeb para 2013, no valor de R$ 116,8 bilhões,
permaneceu a mesma nessas duas portarias.
A Confederação vem
constantemente alertando que o atual critério de reajuste do valor
do piso nacional do magistério implica aumentos sempre acima da inflação
e do crescimento da arrecadação dos governos dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios. Enquanto a inflação medida pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado dos anos anteriores
foi de 4,11%, 6,47%, 6,08% e 6,19%, os reajustes do piso nacional dos
professores foram de 7,86%, 15,85%, 22,22% e 7,97%, nos anos de 2010,
2011, 2012 e 2013, respectivamente.
O mesmo deverá
ocorrer no reajuste de 2014, pois o INPC acumulado de 12 meses em novembro
de 2013 é de 5,58% (ainda não divulgado pelo IBGE o de dezembro/2013),
enquanto a atualização do piso nacional dos professores poderá
ser de 8,32%.
Por esta razão, a CNM
mantém sua posição em defesa da aprovação pela Câmara dos Deputados
do Projeto de Lei 3.776/2008, do ex-presidente Lula, que propõe o INPC
acumulado do ano anterior como critério para reajuste do piso nacional
dos professores.
Fonte: Alagoas 24 horas
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