O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes,
disse nesta quinta-feira (19) que o órgão não terá recursos suficientes para
realizar as eleições municipais de outubro e que, diante da situação, já pediu
cerca de R$ 250 milhões ao Ministério do Planejamento para complementar o
orçamento.
Segundo o ministro, a quantia prevista para o pleito era de
R$ 750 milhões, mas, por conta dos cortes no orçamento do ano passado, o valor
repassado foi cerca de 30% menor.
Ele também afirmou já ter conversado com o novo ministro do
Planejamento, Romero Jucá (PMDB), que se disse disposto a ajudar, apesar de
ainda estar "tomando pé da situação".
"Nós não podemos adiar as eleições. Elas já estão
marcadas. E não podemos correr nenhum risco. Isso envolve contratos, fabricação
de urnas, reparação de equipamentos", justificou o magistrado.
Mendes tomou posse como presidente do TSE na semana passada,
mas disse que já vinha conversando sobre o assunto com o presidente anterior,
ministro Dias Toffoli. No ano passado, no período em que foi anunciado o
contingenciamento, a Justiça Eleitoral anunciou que o corte poderia
inviabilizar a realização das eleições.
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