O ex-governador Cid Gomes (PDT)
deu uma coletiva de imprensa, no início da tarde desta segunda-feira, 22, e
negou as acusações contidas na delação premiada do empresário Wesley Batista,
um dos donos da JBS. “Minha índole não permite fazer solicitação vinculando
algum benefício por parte do Estado”, disse ao lado de aliados na Assembleia
Legislativa do Ceará (AL-CE).
O delator acusa Cid, e os
secretários Arialdo Pinho e Antônio Balhmann, de negociar propina para as
campanhas de 2010 e 2014. Neste ano, o recurso teria sido liberado após
negociação direta do então governador no escritório da empresa em São Paulo.
Cid admitiu que os secretário
estaduais Antônio Balhmann (PDT) e Arialdo Pinho eram um dos nomes indicados
pela campanha para arrecadar recursos para a eleição majoritária de 2014, mas
negou que tenha dado orientação para “chantagem” à empresa. “Em nenhum momento
eu dei permissão, insinuei, sugeri ou permiti que alguém fizesse vínculo para a
campanha a qualquer tipo de benefício. Nem eu, nem ninguém com minha
autorização”, afirmou.
Sobre a acusação do empresário de
que o então governador teria feito o repasse no valor de R$ 110 milhões à JBS
em relação aos créditos do ICMS como condição para a doação de R$ 20 milhões à
campanha de Camilo Santana (PT), o pedetista afirmou que “é obrigação do Estado
pagar”.
“Se o Estado não pagasse, eu é
que seria responsabilizado. Eu poderia ter hoje as minhas contas reprovadas e
estar condenado por crime de responsabilidade”, se defendeu.
Cid alegou ainda que “todos os
débitos de todas as empresas foram pagos ao cabo dos dois mandatos”. “Em 2010
tudo o que tinha de dívida foi pago. Em 2014 tudo foi pago”. A JBS afirmou
ainda em delação premiada que os valores referentes a 2011 e 2014 estavam em
atraso. O ex-ministro rebateu: “A empresa recebeu em 2011, recebeu em 2012 e
recebeu em 2013. Ao cabo do mandato, tudo foi pago”, finalizou.
Fonte: O Povo Online
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