A Polícia Civil de Itarema
prendeu nesta quarta-feira (26) Pedro Felipe Monteiro, ele é filho do
ex-prefeito do município de Itarema, Benedito Monteiro dos Santos. Pedro é réu
em uma ação penal promovida pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE),
que abrange os crimes de organização criminosa, dispensa ilegal de procedimento
licitatório, fraude à licitação, peculato e lavagem de dinheiro.
A ação penal decorre da Operação
Carroça, que investigou a prática dos crimes envolvendo os serviços de
transporte escolar no município de Itarema nos anos de 2013 a 2015. Além dele,
a juíza Kathleen Nicola Kilian decretou também a prisão preventiva de Pedro Max
Monteiro, que é filho de Benedito Monteiro e irmão de Pedro Felipe, e do
advogado Carlos Eduardo Melo da Escóssia, mas os mandados de prisão deles ainda
não foram cumpridos.
Pedro Max Monteiro, que se
encontrava em Fortaleza, deverá se apresentar hoje (27) à Polícia da capital
cearense. Carlos Eduardo Melo da Escóssia não foi encontrado para cumprimento
do mandado. Ele não pode ser considerado foragido, uma vez que não houve, por
enquanto, notificação a respeito do mandado de prisão do advogado. Ainda nesta
quinta-feira (27), a Polícia continuará realizado diligências para cumprimento
da medida.
A decisão da magistrada atende a
pedido do MPCE que, através da Promotoria de Justiça da Comarca de Itarema, em
atuação conjunta com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado
(GAECO), complementou as denúncias presentes na ação penal original contra
Pedro Felipe Monteiro e empresários envolvidos com a fraude.
Foram, assim, denunciados também
o ex-prefeito de Itarema, Benedito Monteiro dos Santos Filho, seu filho, Pedro
Max Monteiro, o ex-vice prefeito de Itarema, José Ivaldo Bleasby Freires, e o
advogado Carlos Eduardo Melo da Escóssia, apontado como integrante do Núcleo
empresarial envolvido com os crimes investigados na Operação Carroça, deflagrada
em 04 de agosto de 2015.
Operação Carroça
De acordo com o Ministério
Público, no início de 2013 foi montado um esquema fraudulento formado por
servidores públicos municipais e empresários, iniciado com procedimentos
fraudulentos de dispensa de licitações destinados à contratação de serviços de
transporte escolar sob a responsabilidade da Secretaria de Educação de Itarema.
Ainda no início das
investigações, foi constatado que os reais prestadores de serviços de
transporte escolar eram pessoas vinculadas ao grupo político dominante no
município e que não possuíam qualquer vinculação com as empresas que eram
formalmente contratadas.
Especificamente no município de
Itarema, nos anos de 2013 a 2015, o esquema criminoso propiciou a prestação de
serviços de transporte escolar de forma totalmente deficitária, subcontratando
100% do objeto licitatório contratado, sendo o serviço prestado através de
veículos visivelmente deteriorados e sem a menor condição de transportar
alunos, o que, inclusive, colocava em risco as vidas dos estudantes.
Fonte: cearanews7
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