O ex-governador Cid Gomes (PDT) seguiu a linha crítica do
irmão Ciro Gomes e afirmou que as reformas Trabalhista e da Previdência,
anunciadas pelo presidente Michel Temer, são“coisa para inglês ver, porque é só
engodo”. Cid ironizou também o fato de tantos partidos estarem apoiando o
peemedebista.
“Michel Temer é um grande engodo, porque ele se ancora numa
base extremamente fisiológica para a sua sobrevivência”, frisou ele,
assegurando que Temer se ancora na grande bancada nacional, que fica com
discurso que quer reforma, mas, na verdade, quer juros altos.
Na avaliação dele, o governo Temer não tem legitimidade para
tratar de nenhuma reforma estrutural no país. Na convenção do último final de
semana, o PDT decidiu fechar questão contra as reformas da Previdência e
Trabalhista.
Cid criticou, ainda, que quem empreende ou trabalha no
Brasil não tem oportunidade, o que, segundo ele, “é lamentável”. O
ex-governador demonstrou pessimismo em relação a recuperação econômica do país.
“O Brasil só tem saída se tiver um governo que se volte para o empreendedorismo
e o trabalhismo, ou seja o trabalhador”, disse o pedetista, acrescentando que
essas linhas – a criatividade, os novos negócios, os novos empreendimentos –
são linhas que geram emprego e oportunidade e, dessa forma, se unem.
Conforme ele, o papel do governo federal é o de mediar e
fazer com que o dinheiro não fique nas mãos do especulador. “O dinheiro tem que
voltar para aumentar o salário do trabalhador e para dar oportunidade, através
de financiamento a quem tem uma boa ideia”, enfatizou.
Ainda conforme Cid Gomes, o Brasil vive um momento de grande
frustração, porque, segundo avalia, hoje, a economia equivale a mesma de sete
anos. “É como se o País tivesse regredido três anos no tempo, em função de 2015
e 2016, que teve queda no PIB [Produto Interno Bruto] acima de 3% ou 4%”,
pontuou.
Alternativas
Sobre a candidatura do irmão Ciro Gomes à presidência da
República em 2018, o ex-governador afirmou que Ciro é uma “alternativa de
mudança” do País. “O nosso partido está apostando na candidatura do Ciro e acho
que ele é capaz de promover um profundo debate no País. Os demais
pré-candidatos que estão aí (não falou os nomes) nenhum calça o sapato do Ciro
em matéria de conhecer o Brasil e ter experiência e poder de inovação”,
assegurou ele, acrescentando que, talvez, em 2018, pela via política, o Brasil
consiga recuperar a esperança necessária para retomar o crescimento. (com
informações de Tarcísio Colares)
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