segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Prefeito de Aiuaba rompe com "padrinho" e causa crise política na cidade

 
A crise política em Aiuaba, no Cariri, está longe de acabar. O atual prefeito, Airton Araújo, rompeu o cabresto e a aliança com o ex-prefeito Ramilson Araújo Moraes, seu padrinho político e, até o começo desse ano, o dono do baralho na cidade. Moraes queria prolongar os oito anos de mandato.
O gestor afirmou, em entrevista, que só trabalhou mediante ordens em 2013. Quem dava as cartas mesmo era Ramilson. Era. Airton Araújo ganhou vida própria, disse estar cansado de ser empregado e resolveu assumir de vez o cargo para o qual foi eleito.
A rebeldia do prefeito causou um alvoroço na cidade e na família, já que ele e Ramilson são primos. O clima é de tensão até entre os moradores, já que ameaças de morte invadem as esquinas de Aiuaba. O rompimento foi oficializado com a contratação de uma nova equipe de contabilidade, que deve iniciar o trabalho em breve.
Passado e presente
Ramilson Araújo Moraes governou a cidade durante oito anos, mas, antes de ser gestor, era o contador de Roberson Feitosa, então prefeito. Feitosa o apadrinhou, usou seu capital político para fazê-lo seu sucessor. Deu certo. Pouco tempo depois de se tornar o gestor de Aiuaba, Ramilson resolveu dar de ombros e quebrou a aliança com Roberson.

Clima eleitoral esquenta no Ceará


 

As declarações dadas pelo governador Cid Gomes, no sábado, ao Aqui CE e rebatidas, no mesmo dia, pelo senador Eunício Oliveira, revelam que a aliança eleitoral entre o PROS e o PMDB está por um fio.
Não há chances, hoje, de Eunício desistir de sua candidatura em troca da vaga de vice-governador ou da indicação do candidato ao Senado, como o PT está a propor para antes o acordo entre os três partidos.
Eunício só não romperá com o Governo Cid se o governador resolver apoiá-lo ao Abolição. Ele não abre mão de sua candidatura. Justifica que sempre foi leal a Cid e que nenhum critério pode ser usado para não ser o candidato escolhido pelo governador para sucedê-lo.
PASSO LENTO
Não há ainda rompimento político de Cid com o senador Eunício. A tensão entre PROS e PMDB cresce a cada dia. Eunício irá aguardar até abril, quando, se não receber o apoio do governador, anunciará sua candidatura ao Abolição. Não há, hoje, chances de um recuo da sua parte.
DISTANTES
Cid só desembarca nos Estados Unidos, no dia 17. Irá de férias com a família passar uma semana. Eunício retorna ao Brasil no dia 15, pois cumpre agenda no Ceará no dia 16, quando será homenageado em Juazeiro por concludentes de medicina. Os dois não vão se encontrar.
VÍCIO DE ORIGEM
A proposta de reunir os presidentes de partidos para decidir quem será o candidato a governador não convence ao PMDB e nem será aceita. Os peemedebistas alegam ser evidente que os dirigentes partidários irão apontar o nome preferido pelo governador Cid num jogo combinado.
ESFRIAR
Ao parar por alguns dias e viajar ao exterior, o governador Cid quer diminuir a temperatura política de sua sucessão. Colocou na mesa a sua idéia de adiar para junho a definição de seu  candidato. A rejeição do PMDB, de pronto, deve tê-lo surpreendido, mas Cid não falou sobre isso.
INVISÍVEL
Um dos mais fortes postulantes ao Governo dentro do PROS , o vice-governador Domingos Filho não irá incorrer em erros cometidos por antecessores que, na ânsia de aparecer, criaram agenda pesada. Na sua interinidade no Abolição, quer ser o mais discreto possível todos os dias.
INSEPARÁVEIS
Na inauguração da 14ª Unidade de Pronto Atendimento (UPA ), em Tauá, na última sexta-feira, Domingos Filho fez questão de ficar lado a lado com o presidente da Assembleia, Zezinho Albuquerque, e o deputado Mauro Filho, dois de seus concorrentes na corrida, dentro do PROS , pelo Abolição.
Fonte:Ceará News