quinta-feira, 6 de outubro de 2016

OAB-CE divulga nota de repúdio aos 'excessos' dos policiais e à 'agressão à família Arruda' no domingo Inácio, sua filha e sua esposa foram agredidos em abordagem da PM após denúncia de boca de urna


OAB-CE divulga nota de repúdio aos 'excessos'  dos policiais e à 'agressão à família Arruda' no domingo

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará emitiu, na terça-feira (4), nota de repúdio à "agressão à família Arruda". 

"A polícia existe para nos proteger, sabemos que a lista de agressões e excessos só aumenta. Não há testemunhas de crime eleitoral, testemunhamos a injustiça".

Entenda o caso

No último domingo (2), a Polícia Militar foi acionada para apurar uma denúncia de boca de urna próximo ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) e, ao chegarem ao local, abordaram a filha do secretário da Ciência e Tecnologia do Ceará, Inácio Arruda, e mais três pessoas.

A filha do secretário e diretora da União Nacional dos Estudantes (UNE) resistiu a ter sua bolsa revistada pela PM e acabou sendo agredida pelos policiais.

Ao ser informado sobre o caso, Inácio se dirigiu ao local com sua esposa, Terezinha Braga, e tentaram proteger a filha, acabando por também serem agredidos pelos agentes. Inácio foi enforcado por um dos policiais, Terezinha foi ferida nos braços. O caso foi encaminhado à Polícia Federal, responsável por investigar os excessos cometidos pelos policiais.

Confira a nota:

NOTA DE REPÚDIO

Boca de urna, crime eleitoral que necessita de flagrante, não é legal forçar um flagrante. O flagrante Não autoriza bater e ferir cidadãos. Não há justificativa para a agressão à família Arruda. A CDH está indignada, apresentamos nosso suporte para os agredidos injustamente. Uma jovem toda machucada, os braços da idosa com hematomas e sangrando, um senhor com as vestes rasgadas, uma família ferida no corpo e na alma. A polícia existe para nos proteger, sabemos que a lista de agressões e excessos só aumenta. Não há testemunhas de crime eleitoral, testemunhamos a injustiça.
Comissão de Direitos Humanos- CDH - OAB-Ceará.