A Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará emitiu, na terça-feira (4), nota de repúdio à "agressão à família Arruda".
"A polícia existe para nos proteger, sabemos que a lista de agressões e excessos só aumenta. Não há testemunhas de crime eleitoral, testemunhamos a injustiça".
Entenda o caso
No último domingo (2), a Polícia Militar foi acionada para apurar uma denúncia de boca de urna próximo ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) e, ao chegarem ao local, abordaram a filha do secretário da Ciência e Tecnologia do Ceará, Inácio Arruda, e mais três pessoas.
A filha do secretário e diretora da União Nacional dos Estudantes (UNE) resistiu a ter sua bolsa revistada pela PM e acabou sendo agredida pelos policiais.
Ao ser informado sobre o caso, Inácio se dirigiu ao local com sua esposa, Terezinha Braga, e tentaram proteger a filha, acabando por também serem agredidos pelos agentes. Inácio foi enforcado por um dos policiais, Terezinha foi ferida nos braços. O caso foi encaminhado à Polícia Federal, responsável por investigar os excessos cometidos pelos policiais.
Confira a nota:
NOTA DE REPÚDIO
Boca de urna, crime eleitoral que necessita de flagrante, não é legal forçar um flagrante. O flagrante Não autoriza bater e ferir cidadãos. Não há justificativa para a agressão à família Arruda. A CDH está indignada, apresentamos nosso suporte para os agredidos injustamente. Uma jovem toda machucada, os braços da idosa com hematomas e sangrando, um senhor com as vestes rasgadas, uma família ferida no corpo e na alma. A polícia existe para nos proteger, sabemos que a lista de agressões e excessos só aumenta. Não há testemunhas de crime eleitoral, testemunhamos a injustiça.
Comissão de Direitos Humanos- CDH - OAB-Ceará.