quinta-feira, 30 de junho de 2016

Operação Caracol apreende R$ 300 mil em fazenda do Prefeito de Tururu



A Procuradoria dos Crimes Contra a Administração Pública (PROCAP) do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas, Polícia Civil e Perícia Forense (PEFOCE), apreendeu, na manhã desta quinta-feira (30), R$ 300 mil na fazenda do prefeito de Tururu, Raimundo Nonato Barroso Bonfim.

A apreensão aconteceu durante a realização da Operação Caracol, que cumpriu mandados de busca e apreensão para investigar supostas fraudes em licitações na Prefeitura de Tururu. As buscas acontecem na residência do prefeito em Fortaleza, em sua fazenda na cidade de Tururu e na sede da Prefeitura Municipal.

Suspeita-se que os R$ 300 mil encontrados sejam oriundos de fraudes em licitações por meio de assinaturas e de associações, destacando-se a Secretaria de Ação Social de Tururu, comandada pela secretaria Danielle Batista Bonfim Patrício

Ex-cortador de cana vira médico



Jonas Lopes da silva, 30, cortou cana dos 7 aos 15 anos de idade e acaba de colar grau em Medicina pela Universidade de Pernambuco (UPE). A cerimônia aconteceu na noite desta quarta-feira, 29, no Teatro Guararapes, em Olinda.
A dificíl trajetória enfrentada por Jonas até conseguir o diploma foi reconhecida por seus colegas em uma homenagem. Ele foi aplaudido pelos outros formandos durante a colação.
"Não existem vidas comuns. Apesar de termos tantos milagres hoje a contar, a turma 95 escolheu um desses milagres para receber o grau (de médico) em nome de todos nós. Antes de ser estudante de Medicina ele lutou contra a exploração de mão de obra infantil nas usinas de cana-de-açúcar no interior de Pernambuco", disse a oradora da turma Débora Lima.

Em três carros, os pais, os irmãos, cunhados, primos e tios foram prestigiar a conquista do rapaz.

Jonas trabalhava com a mãe cortando e limpando cana-de-açúcar nos engenhos da cidade de Joaquim Nabuco, na Zona da Mata pernambucana, onde mora com sua família.

"Foi um tempo difícil. Meu pai é pedreiro, somos sete filhos. Ele viajava para outros Estados para arrumar trabalho, enquanto minha mãe cuidava da gente. Se não trabalhássemos, não havia o que comer", conta Jonas em entrevista ao Jornal do Comércio.

A dificuldade financeira não era motivo para que ele e seus irmãos fossem estimulados a estudar.
"Não sou melhor nem pior que ninguém. Apenas corri atrás do que sonhava", enfatiza Jonas.

Redação O POVO Online