terça-feira, 16 de outubro de 2018

AÇÃO DO MP: PREFEITO DE CHAVAL PODE FICAR INELEGÍVEL POR ATÉ 8 ANOS


novalogompce
O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio da Promotoria de Justiça de Chaval, ajuizou uma Ação Civil Pública (ACP) por ato de Improbidade Administrativa contra o prefeito municipal de Chaval, Sebastião Sotero Veras, após serem constatadas irregularidades em contratos realizados pelo Município, com dispensa de licitação, embasado em decreto de estado de emergência e calamidade pública. Em 2017, o MPCE instaurou o Inquérito Civil Público (ICP) nº 2017/408070 a fim de investigar a situação.

Na ocasião, a Promotoria encaminhou à gestão municipal a Recomendação nº 002/2017 para revisão do decreto, tendo em vista a ausência de fundamentos para tal. Em resposta, o ente municipal afirmou que não revogaria o estado de emergência e calamidade pública. Diante disso, o MPCE e a equipe do Tribunal de Contas do Estado do Ceará passaram a investigar os atos e contratos administrativos firmados pela Administração Municipal, a partir do citado decreto.

Uma das anormalidades verificadas envolve a contratação da empresa DTC CONSTRUÇÕES E SERVIÇOS LTDA-ME, como irregularidades na coleta de preços, execução em desconformidade com projeto básico, divergências nos contratos de locação de veículos e diferença de preço contratado de R$ 53.515,64. Em outros procedimentos, também foram constatadas falhas como pesquisa de preços irregular, vínculos indevidos entre empresas participantes, desabastecimento na merenda escolar e ausência de controle do patrimônio.

De acordo com o promotor de Justiça Plínio Augusto Almeida Pereira, houve grave ausência de planejamento para a continuidade das atividades, tendo a Administração Municipal privilegiado a realização de licitações para a contratação de assessoria contábil, consultoria de controle interno, digitalização de documentos, locação de manutenção de softwares e locação de veículos, em detrimento de serviços essenciais, como transporte escolar, merenda escolar, limpeza pública, aquisição de combustíveis, bem como manutenção de veículos e medicamentos.

Na ACP ajuizada em 10 de outubro de 2018, o MPCE requer, entre outros, que os processados sejam citados para exercerem as respectivas defesas até o julgamento final, quando deverão ser-lhe impostas as sanções mencionadas no art. 12 da Lei de Improbidade Administrativa.

Cid defende mea culpa do PT, bate boca com militantes e é vaiado; veja vídeo.



Em encontro do PT para lançamento da campanha pró-Haddad no Ceará, na noite desta segunda, 15, o senador eleito Cid Gomes (PDT), primeiro a falar, cobrou mea culpa do PT. O ex governador então foi vaiado por militantes que lotaram o auditório do Marina Park. Cid respondeu: "É por isso que vocês vão perder".

Em seguida chamou os filiados com quem ele discutia de "babacas". O governador Camilo Santana (PT) tentou colocar panos quentes depois da fala de Cid. O petista admitiu que o ex-governador tinha razão em partes de sua queixas, mas que não era hora de discutir o PT.

Logo após o encerramento do ato, que durou menos de 20 minutos, Cid foi vaiado novamente. Do lado de fora do auditório, foi encurralado por militantes do PT, que jogaram faixas do partido no pedetista. Aliados de Cid e do PT causaram tumulto.
O evento, no Marina Park Hotel, fazia parte das articulações de Camilo Santana, governador reeleito no Ceará, para impulsionar campanha de Fernando Haddad, candidato petista à presidência. Camilo deveria se encontrar com prefeitos, deputados, vereadores, movimentos sociais e lideranças para, além de campanha presidencial, agradecer a reeleição.

A movimentação acontece em tentativa de obter os votos que Ciro Gomes (PDT) recebeu no Estado no primeiro turno. Haddad disputa o eleitorado cearense com Jair Bolsonaro (PSL), seu adversário no segundo turno das eleições.

Logo no início do discurso, Cid já se mostrava indisposto com a situação. "Juro que não esperava que fosse eu que fosse abrir. Me colocaram numa situação constrangedora", disse ele.

Em determinado momento, alguém gritou "vem para rua", ao que foi respondido por Cid: "Para ir para a rua, a gente tem de estar motivado. Para ir para rua sem estar motivado não adianta nada.