segunda-feira, 6 de março de 2017

BARROQUINHA: PREFEITURA FAZ NOVA DISPENSA E CONTRATA AMBULÂNCIA POR MAIS 3 MESES A 8 MIL REAIS POR MÊS.


Resultado de imagem para ambulancia alugada pela prefeitura

Nos últimos 3 meses de 2016, a Prefeitura de Barroquinha, através da Secretaria de Saúde, alegando um acidente ocorrido com a ambulância do município, alugou sem licitação uma Fiat Strada 2013 adaptada para ambulância da empresa E GONÇALVES DA SILVA FILHO – ME com CNPJ 11.114.078/0001-53 da cidade de Independência pelo valor mensal de R$ 8.000,00 (Oito mil reais) totalizando R$ 24.000,00 (vinte e quatro mil reais).
             Imaginava-se que 3 meses seria suficiente para recuperar a ambulância acidentada ou para a prefeitura providenciar uma licitação onde pudessem participar outras empresas e consequentemente a possibilidade de contratação a um preço menor, já que na cidade Tauá, a mesma empresa aluga o mesmo tipo de ambulância por R$ 4.300,00 por mês.

              Mas de forma surpreendente, a “nova” administração fez nova dispensa de licitação e contratou a mesma empresa por mais 3 meses pelo valor de R$ 24.000,00 (vinte e quatro mil), ou seja, a prefeitura estará gastando em 6 meses pelo aluguel de uma ambulância adaptada o valor de R$ 48.000,00 (quarenta e oito mil reais), valor suficiente para COMPRAR UMA AMBULÂNCIA NOVA. Essa imoralidade é praticada por uma administração que diz ser honesta e que faz o melhor para seu povo, com o slogan NOSSA GENTE MAIS FELIZ. Esse gasto absurdo e imoral é um tapa na cara do povo, tanto pelo valor pago, quanto pelo descaso da administração de não ter durante os 3 meses, mandado consertar a ambulância que se envolveu no acidente, com certeza a recuperação da ambulância sairia bem mais em conta do que a administração está gastando com aluguel, mas a quem interessa recuperar, se pode pagar o valor que bem quiser sem licitação? VEJA o empenho

Empresas e bandas de forró omitiram R$ 167 milhões no IR

O Diário do Nordeste teve acesso à decisão da Justiça sobre a 'Operação For All'. Empresários e cantores de bandas de forró famosos declararam informações falsas ao Fisco e estão sendo investigados por vários crimes.
A investigação que culminou na 'Operação For All', deflagrada em conjunto pela Polícia Federal (PF) e pela Receita Federal, em outubro de 2016, identificou que empresas ligadas à A3 Entretenimento não declararam, pelo menos, R$ 167 milhões no Imposto de Renda (IR) e que o suposto esquema criminoso teria envolvido vários 'laranjas' e familiares dos principais investigados. A reportagem do Diário do Nordeste teve acesso à decisão judicial que autorizou a operação, junto a uma fonte que não tem ligações com a investigação ou com o processo.
Segundo o documento da 11ª Vara Federal, o inquérito policial que resultou na operação foi instaurado em 13 de agosto de 2015 para apurar a ocorrência de crimes contra a ordem tributária, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Sócios de bandas de forró, casas de show, emissoras de rádio e outras empresas ligadas à A3 Entretenimento são suspeitos de ter apresentado declarações de Imposto de Renda falsas e ter omitido créditos e bens materiais à Receita Federal, entre 2012 e 2014.

De acordo com a decisão, a investigação identificou a subnotificação de mais de R$ 167 milhões na declaração do IR por parte das empresas, mas esse número pode chegar a meio bilhão, conforme a estimativa feita pelos investigadores. Cerca de 72% desse valor, ou seja, R$ 121 milhões teriam sido omitidos apenas por quatro bandas de forró: Aviões do Forró, Solteirões do Forró, Forró dos Plays e Forró do Muído. Um quinto grupo musical, Samyra Show/ Forró 100%, também foi investigado, mas não teve valores irregulares descobertos, naquele momento. Os R$ 46 milhões restantes teriam sido omitidos pelas outras empresas, com destaque para Podium Construções, D&E Entretenimentos e Rádio Pajeú FM.

Segundo o documento obtido pela reportagem, os 32 investigados - sócios de empresas ligadas à A3 Entretenimento - também declararam informações falsas ou omitiram créditos e bens ao Fisco, nesses três anos. Entre eles estão os famosos empresários Antônio Isaías Paiva Duarte ('Isaías CDs'), Zequinha Aristides Pereira e seu filho Carlos Aristides Almeida Pereira (Carlinhos Aristides) e os cantores Solange de Almeida Pereira, José Alexandre da Silva Filho ('Xande Avião'), José Raimundo de Lima ('Zé Cantor') e Samyra Oliveira Silva. A suposta rede criminosa seria maior e envolveria também familiares e 'laranjas'.'Laranjas'

Quatro filhos, o irmão, a esposa e a ex-esposa de Zequinha estão entre os investigados. Uma das filhas, que é sócia das empresas Rádio Pajeú FM e Secta Assessoria, teria omitido mais de R$ 153 mil e a compra de dois imóveis e quatro automóveis à Receita Federal, de 2012 a 2014.

Já a esposa e a ex-esposa do suspeito aparecem com perfis muito parecidos, sendo sócias das mesmas empresas, entre elas o Shopping da Construção. Ambas são investigadas por não declarar as participações societárias à Receita. Segundo a decisão, existe a suspeita delas serem 'laranjas' no quadro societário dos empreendimentos.

Outro investigado por ser 'laranja' do esquema é o irmão de Zequinha, Francisco Aristides Pereira. Ele figura como único sócio da A3 Entretenimento, que tem o domínio de todas as bandas investigadas na operação. A PF aponta que ele não tem, sequer, conta bancária e apresentou na declaração do IR rendimentos muito inferiores aos lucros do grupo empresarial.

'Xande Avião' e a esposa Francisca Isabele Temoteo também estão na lista de investigados. Conforme apuração da PF e da Receita Federal, o advogado Valdeci Rodrigues de Araújo Filho seria 'laranja' da empresa comandada pelo casal, a 'Dnax Locação para Eventos'. Valdeci não declarou lucro com o empreendimento nos anos de 2012 a 2014, mesmo tendo movimentado R$ 1,8 milhão em contas bancárias.

Os mandados de buscas e apreensão cumpridos pela PF em outubro, em apartamentos luxuosos em áreas nobres de Fortaleza, sequestrou 163 imóveis, 69 automóveis e apreendeu R$ 600 mil em espécie. Para garantir o pagamento à Receita, os bens continuam sequestrados, ou seja, impossibilitados de serem negociados, mas podem ser usados pelos suspeitos.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da A3 Entretenimento, que afirmou ser responsável apenas pela divulgação de eventos e pediu para ligar para a recepção e procurar os responsáveis, mas o setor reencaminhou a demanda para a assessoria de comunicação. Os advogados dos suspeitos não foram localizados.