quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Bancários da Caixa e Banco do Brasil encerram greve no Ceará após 23 dias


Assembleia dos bancários no Ceará (Foto: Divulgação)

Os bancários da Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil do Ceará encerram nesta quarta-feira (28), em assembleia com os servidores do estado. Os trabalhadores de bancos privados do Ceará já haviam decidido pelo fim das paralisações nesta segunda-feira (27). As atividades retornaram na tarde desta quarta-feira.
Apenas os servidores do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) seguem as paralisações no Ceará. De acordo com o Sindicato dos Bancários do Ceará, os bancários do BNB realizam assembleia na tarde desta quarta para decidir se continuam ou não as paralisações.A avaliação do sindicato é que continuidade da greve no Ceará deixaria "isolada do restante do país". "Agora vamos nos concentrar na assinatura dos acordos e efetivar os direitos, que são fruto da luta dos trabalhadores”, disse Carlos Eduardo Bezerra, presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará.
Proposta de 10%
A última proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenabam) ofereceu reajuste salarial de 10%, aplicáveis aos salários, benefícios e participação nos lucros, além de correção de 14% no vale-refeição e no vale-alimentação.
Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), os bancos aceitaram também abonar 63% das horas dos trabalhadores de 6 horas, de um total de 84 horas, e 72% para os trabalhadores de 8 horas, de um total de 112 horas. Assim, após a volta ao trabalho, os bancários irão compensar, no máximo, uma hora por dia útil, até o dia 15 de dezembro.
Inicialmente, os bancos ofereceram um reajuste de 5,5%, enquanto os bancários reivindicavam uma correção de 16% nos salários.
"A nova proposta da Fenaban, apresentada no 19º dia da greve, significa a manutenção do modelo que vinha sendo colocado em prática nos últimos anos, de reposição integral da inflação mais aumento real e abono parcial dos dias parados", informou a Contraf, em nota. Em 12 meses, até setembro, a inflação acumulada chegou a 9,77%, segundo o IPCA-15, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).