Até 2008, os funcionários municipais tinham 
aumento salarial todos os anos, fazendo com que houvesse a diferença 
pelos cargos ocupados. Para demonstrar essa diferença, pode-se pegar 
como exemplo os motoristas que recebiam mensalmente 40% a mais que o 
salário mínimo. Nos últimos 5 anos, apenas um aumento de salário 
foi dado ao funcionalismo público quando o mesmo foi um percentual 
baixo de 7%, de lá prá cá, somente é atualizado pelo salário mínimo 
e o Piso Nacional dos Professores, o que é obrigatoriedade imposta 
por lei. Hoje, há uma defasagem muito grande se comparado aos valores 
recebidos pela maioria dos funcionários se comparado com o percentual 
de diferença baseado no salário mínimo. E porque não há aumento 
real? Porque os Agentes Administrativos, Motoristas, Auxiliares de Secretaria 
entre outros recebem o mesmo valor que os vigias e auxiliares de Serviços 
Gerais? Tanto o ex-prefeito como a atual prefeita, usam sempre a desculpa 
que a folha está estourada e que o TCM está alertando para o limite 
providencial de 54% no pagamento de pessoal que deve ser respeitado. 
Essa desculpa seria plenamente aceitável, se a administração 
tivesse feito algum esforço e demonstrado que procurou cortar gastos 
desnecessários com pessoal para poder dar um aumento real a todos os 
funcionários. Acontece que diferente disso, a administração vem criando 
cargos e mais cargos comissionados sem nenhuma necessidade, somente 
com o interesse de nomear parentes e apoiadores políticos. Isso fica 
bem claro tanto na quantidade de cargos criados, como no que pensa os 
técnicos do TCM. Para se ter uma ideia, desde 2009 na administração 
do ex-prefeito Ademar Pinto Veras até abril de 2013 na administração 
do Prefeita Terezinha Cerqueira, foram criados 57 novos cargos comissionados, 
totalizando 147 cargos comissionados (cargos de confiança) com valores 
que vão de R$ 780,00 a R$ 3.800,00 que corresponde ao Cargo de Diretor 
Geral de Relações Institucionais criado pelo ex-prefeito Ademar em 
dezembro de 2012 quando saía para ele mesmo assumir em janeiro de 2013 
como foi feito. Em relação à maioria dos Cargos criados de 2009 à 
2013, os técnicos do Tribunal de Contas dos Municípios – TCM chegaram 
a seguinte conclusão depois da fiscalização realizada no município: “...constata-se que alguns cargos comissionados 
não revelam a necessidade de vínculo de confiança e lealdade, muito 
menos atribuições que exijam poder de direção ou que figurem como 
assessoria técnica no intuito de auxiliar o Poder Executivo a exercer 
suas funções... Diferentemente do normativo constitucional o Poder 
Executivo tem em seu quadro funcional, pelo menos 47, em funções tidas 
como comissionadas que não consubstanciam competências de direção, 
chefia e assessoramento...”.
 
 
