segunda-feira, 20 de abril de 2015

NO RIO DE JANEIRO Prefeitura compra escova dental de R$ 1,99 por cerca de R$ 100


Evandro

Prefeitura de Mangaratiba, no Rio de Janeiro, já conhecida pelos casos de esquemas de corrupção com material escolar e em coleta de lixo, também fraudou licitações na área da Saúde. A auditoria foi realizada pela Secretaria Estadual de Saúde, que detectou um superfaturamento de até 9.000% nos contratos da área.
Uma escova de dente, por exemplo, que valia cerca de R$ 1,99, foi comprada pela quantia de R$ 101,70. O valor é 5.010% mais caro e pelo menos 50 mil medicamentos também apresentaram sobrevalorização, em alguns casos de até 1.000%, segundo os valores estipulados pelo Ministério da Saúde (MS). 
O levantamento do Conselho Municipal de Saúde expôs as iregularidades e foi responsável por motivar a investigação da Secretaria de Saúde. As denúncias já foram enviadas aos ministérios públicos estadual e federal. O agora ex-prefeito Evandro Bertino, excluído do PSDB, foi preso na sexta-feira (17) junto com mais dois secretários de governo, acusado de participação em licitações fraudulentas.
Quem assume agora é o vice, Ruy Quintanilha (PSD). Ruy é médico e era vice de Evandro na época da auditoria da secretaria. Além disso, ele se dizia responsável pela administração da Saúde no município.
Ruy havia rompido relações com o ex-prefeito em agosto do ano passado e anunciou no Facebook que iniciará uma auditoria da prefeitura de Mangaratiba ainda nesta semana.
Outro relatório, que reprovou as contas da prefeitura, foi feito pelo Conselho de Saúde de Mangaratiba foi citado no parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), mas foi derrubado logo depois pelos vereadores da Câmara Municipal.
Medicamentos Superfaturados. Veja os casos:
Um pílula do remédio Paclitaxel, que é usado para tratamento de câncer, que custa, segundo o MInistério da Saúde, R$ 19,60, foi comprado pelo município sob um valor de R$ 1.766. Um superfaturamento equivalente a 8.910%.
Outra pílula, do antiflamatório Diclofenaco Potássico, que deveria custar R$ 0,01, foi adquirida por R$ 0,40. Não apenas uma como 40.500 pílulas foram compradas com este valor.

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