quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Moro aceita convite para ser ministro da Justiça e Segurança Pública e promete agenda anticorrupção.


O juiz Sérgio Moro aceitou o convite para assumir a superpasta da Justiça no futuro governo de Jair Bolsonaro (PSL).

O juiz divulgou nota oficial:

"Fui convidado pelo Sr. presidente eleito para ser nomeado Ministro da Justiça e da Segurança Pública na próxima gestão. Após reunião pessoal na qual foram discutidas políticas para a pasta, aceitei o honrado convite. Fiz com certo pesar, pois terei que abandonar 22 anos de magistratura. No entanto, a perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito à Constituição, à lei e aos direitos, levaram-me a tomar esta decisão. Na prática, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior. A Operação Lava Jato seguirá em Curitiba com os valorosos juízes locais. De todo modo, para evitar controvérsias desnecessárias, devo desde logo afastar-me de novas audiências. Na próxima semana, concederei entrevista coletiva com maiores detalhes.
Curitiba, 1 de novembro de 2018. Sergio Fernando Moro"

Moro e Bolsonaro se reuniram na manhã desta quinta-feira, 1º, no Rio de Janeiro. Na saída, o juiz estava acompanhado de Paulo Guedes, guru econômico do próximo presidente e futuro ministro da Economia.
O ministério de Moro prevê pasta mais abrangente, incluindo a área de Segurança Pública - que tem sob seu comando a Polícia Federal -, mais a Secretaria da Transparência e Combate à Corrupção, a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
O encontro ocorre três dias depois de Bolsonaro afirmar que pretende convidar o magistrado para assumir o ministério da Justiça. Moro é juiz da 13ª Vara Criminal de Curitiba, responsável pela primeira instância da operação Lava Jato, que condenou o ex-presidente Lula (PT).

Ministérios

Além da Justiça, algumas outras pastas serão fundidas, como a Economia, a ser comandada por Paulo Guedes. Ainda há definições a serem feitas, mas as junções de pastas será a tônica da reforma administrativa tocada pela equipe de Bolsonaro. A redução da estrutura do primeiro escalão foi uma promessa de campanha do presidente eleito.

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