 
        
Como forma de passar informações importantes aos municípios
 cearenses sobre as exigências do Ministério Público no que diz respeito
 à prestação do serviço de Transporte Escolar, a Aprece realizou, na 
manhã desta quarta-feira (16), um Seminário de Orientação Técnica com 
representantes de várias regiões do Estado. O evento, realizado no 
auditório da Superintendência do Banco do Brasil, em Fortaleza, contou 
com a participação de prefeitos e prefeitas, além de assessores 
jurídicos, secretários municipais de Educação, entre outros servidores.
Representando a presidente da Aprece, Adriana Pinheiro, o 
tesoureiro da entidade e prefeito de Palhano, Nilson Freitas, deu as 
boas vindas aos participantes e fez a abertura do evento. A assessora 
jurídica da Aprece, Daniela Amaral, deu início à parte técnica, 
contextualizando os presentes sobre a atuação e as conquistas da Aprece 
no que diz respeito às contribuições para alterar e melhorar o Termo de 
Ajustamento de Conduta (TAC) do MP sobre o Transporte Escolar. A ação 
foi iniciada em encontro que precedeu audiência pública realizada em 
Juazeiro do Norte com vários municípios da região.
A técnica em Educação da Aprece, Ana Melo, fez uma apresentação 
sobre algumas questões presentes no TAC que são delicadas e podem vir a 
ser problemáticas para os municípios. Entre os diversos pontos tratados,
 falou sobre as situações especiais em que são permitidas a 
subcontratação parcial do serviço, alertando para o perigo de práticas 
ilícitas nesse sentido. Ela alertou que é vedada a subcontratação 
integral do serviço contratado pela administração pública, pois viola o 
caráter competitivo do certame e a isonomia entre os licitantes alem de 
permitir a execução do serviço contratado por pessoa sem a devida 
habilitação jurídica e qualificação técnica.
Ana Melo repassou algumas orientações da Aprece para os municípios,
 que foram aconselhados a efetuar licitação por rota e lote e 
discriminar de forma detalhada no edital da licitação as rotas que podem
 ser sublocadas em casos excepcionais. Ela também informou que o 
contrato deve ser preferencialmente proprietário do veículo, podendo ser
 pessoa física ou jurídica. Um outro alerta importante foi o de que os 
municípios serão responsáveis solidários com encargos trabalhistas e 
previdenciários dos prestadores do serviço. “Os gestores devem conferir 
se os motoristas estão regularizados com carteira de trabalho assinada e
 a empresa recolhendo os tributos”, frisou.
Os municípios devem, ainda, observar a obrigatoriedade da Carteira 
Nacional de Habilitação (CNH) na categoria D para todos os motoristas, 
mesmo os que trabalham em carros de categoria automóvel que estiverem 
sendo usados no transporte escolar. Até a execução do serviço, é preciso
 que as carteiras de trabalho assinadas sejam apresentadas pelos 
contratados. Também é necessário que sejam utilizados veículos adequados
 e em número suficiente para a execução do serviço.
Finalizando sua fala, Ana Melo sugeriu, em nome da Aprece, que os 
gestores elaborem um diagnóstico no município para levantar a 
disponibilidade de motoristas com carteira de habilitação D, solicitando
 posteriormente ao Detran a realização, por região, de exames de 
habilitação nessa categoria
 
 
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